Airsoft - Jornal de Notícias

Airsoft, uma "guerra amistosa"


Não raras vezes é confundido com o popular paintball, modalidade que, com mais ou menos rigor, a maioria das pessoas sabe no que consiste. Mas ainda que comungue de algumas semelhanças com a anterior, o airsoft demarca-se a vários níveis, como objectivos, características tácticas ou, logo numa primeira instância, munições.


Vejamos então. De acordo com a descrição patente no site oficial da Federação Portuguesa de Airsoft, trata-se, pois, de "uma modalidade desportiva, de âmbito competitivo ou meramente recreativo, dividida em disciplinas cujos praticantes estão munidos de armas de airsoft, que disparam pequenas esferas plásticas através de gás comprimido".

Compartimentando-se em categorias, aquela que reúne um número mais maciço de adeptos, é o Jogo Táctico em Equipe (JTE), até porque, sendo de cariz colectivo, promove o convívio e a diversão. "Estima-se que existam cerca de 5 mil praticantes em Portugal", diz Paulo Salvador, que pertence à direcção do Clube Airsoft da Maia.

O perito faz notar a forte "componente de reencenação", do jogo. "O facto de se usarem reproduções de armas de fogo atrai entusiastas que procuram simulação militar. Isto vai desde equipamentos, fardamentos, a tácticas até", frisa. "Há jogos ainda mais temáticos" baseados em "reencenações lúdicas de conflitos ou batalhas da Segunda Grande Guerra, ou do Vietname", prossegue.

Paulo garante que esta "modalidade extremamente eficaz para descomprimir", não acarreta riscos para a integridade física, obrigando apenas "ao uso de protecção ocular constante".

O impacto das munições é, por sinal, menos doloroso, do que aquele causado pelos marcadores de paintball. Camaradagem, orientação, coordenação, ou técnicas de sobrevivência são atributos que esta prática enaltece, apelando ainda à honra e ao "fair-play".


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